Símbolo atual (à esq.), que mostra idoso encurvado com bengala, é considerado pejorativo e há campanha para que seja substituído por outra imagem (à dir.) |
A proposta, de autoria do senador Waldemir Moka (PMDB-MS), sugere que a identificação de idosos, exposta junto a assentos reservados no transporte coletivo e caixas de bancos, por exemplo, seja expressa com pictografia baseada objetivamente na idade mínima de 60 anos, e não mais com a figura de alguém arqueado sobre uma bengala, atualmente empregada na comunicação visual para identificar esse grupo.
Na opinião de Moka, a lei que estabeleceu o atendimento preferencial aos idosos é para protegê-los, e não deve incorrer no fortalecimento de juízos constrangedores e preconceituosos.
Pessoas com deficiência
A relatora da matéria na CDH, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), apresentou relatório favorável à proposta. No entanto, retirou do projeto original os dispositivos que modificavam o pictograma de identificação das pessoas com deficiência (uma cadeira de rodas estática e considerada por Moka igualmente pejorativa).
Marta lembrou que o pictograma usado na acessibilidade para a deficiência é o Símbolo Internacional de Acessibilidade (SIA), criado em 1969 conforme termos definidos pela Organização Internacional de Padronização (ISO) e já pertence ao domínio público. A flexibilização proposta pelo texto poderia acarretar uma perda indesejada do nível de padronização já alcançado e a desconexão dos padrões brasileiros aos estabelecidos universalmente, frisou a parlamentar. No entanto, ela reforçou que há discussões em comissões específicas da Organização das Nações Unidas sobre a construção de um novo símbolo universal.
Novo desenho
Um movimento na internet, contrário ao pictograma com a bengala para os idosos, iniciou uma campanha para modificar essa imagem. A empreitada coletiva acabou com a elaboração de um novo desenho, uma figura mais altiva, ao lado da inscrição “60+”. A nova imagem foi divulgada em 1º de outubro de 2016, quando se comemora o Dia do Idoso, e apresentada à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
O PLS foi votado em decisão terminativa na CDH. Se não houver recurso para sua análise em Plenário, ele segue para tramitação na Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado
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