A temperatura de operação do sistema é estimada entre 800ºC e 900ºC. Conforme o documento, a cada cinco toneladas de resíduos carbonizados serão geradas três toneladas de carvão. A partir do carvão, será possível gerar oito megawatts de energia elétrica - a mesma potência de uma pequena central hidrelétrica. "Dez por cento do carvão gerado é enviado para o queimador e os 90% restantes são enviados para o pulmão de armazenagem, que possui capacidade de armazenar o carvão produzido pelo período de 72 horas para posterior geração de energia elétrica", informa o documento.
Segundo Daiene, o processo é inovador e se diferencia de um incinerador comum, pois o resíduo não entra em contato com a chama e a queima não consome gás oxigênio. "O diferencial dessa tecnologia é a queima dos resíduos na ausência de oxigênio, o que dificulta a formação de alguns poluentes atmosféricos como, por exemplo, dioxinas e furanos, que conforme diversos estudos são substâncias cancerígenas", destaca.
A licença informa que o empreendimento precisará passar por uma fase de testes supervisionados pela Fepam. "A próxima etapa será a licença de instalação, na qual o empreendedor deverá informar detalhes do projeto e da operação. Por ser uma tecnologia pioneira, após a instalação do empreendimento, será emitida uma autorização com prazo de um ano para funcionamento em escala piloto", informa a chefe da Divisão de Resíduos Sólidos e Áreas Contaminadas da Fepam. Emitida no dia 5 de abril, a licença tem validade de cinco anos.
Texto: Maurício Tomedi/Sema
Edição: Gonçalo Valduga/Secom
Fonte: estado.rs.gov.br
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