domingo, 15 de abril de 2018

Você quer escutar ou apenas ouvir?


Nosso dia-a-dia, invariavelmente, é repleto de informações, algumas úteis e outras nem tanto. As inúteis, em sua grande maioria, não acrescentam nada em nossa vida. As úteis normalmente chegam através de fontes confiáveis, de pessoas que merecem nossa total atenção e credibilidade. Na verdade elas agregam algo ao nosso saber e até mesmo podem nos ajudar a corrigir alguns erros de interpretação ou atitudes por nós cometidos.

Mas, infelizmente, há aquelas informações que por si só nem deveriam existir. Há de se duvidar das reais intenções de quem as trouxe até nós ou as divulgou a outrem. No mundo digital poderíamos dizer que este tipo de informação seria “lixo” ou “spam”, devido à importância que deveríamos dar a elas. Essas mentiras, ou informações falsas, podem até ser divididas em inocentes e mal intencionadas.

As inocentes seriam aquelas que não nos atingem diretamente, sendo muito utilizadas em piadas e causos aleatórios, com o único intuito de divertir e fazer rir, por exemplo.

As mal intencionadas, entretanto, são aquelas usadas para difamar ou criar intrigas entre duas ou mais pessoas. Dependendo do grau da mentira ou falsidade, a pessoa atingida poderá ter sua vida ou carreira arruinadas, se por acaso não conseguir reverter a situação ou se derem mais créditos ao falso do que ao verdadeiro. A profundidade que essa informação irá atingir vai depender muito da credibilidade que você tem entre seus amigos, pois quem realmente te conhece saberá separar o falso do verdadeiro. 

Nesses casos é preciso ter muito cuidado, pois seu amigo pode ter um amigo que não é seu amigo e talvez o utilize para lhe atingir, usando-o como um dos propagadores da informação falsa. Se isso vier a ocorrer, cabe aqui atentar para o que diz um antigo texto anônimo: “A fofoca sobre mim até pode não ser muito importante, mas gostaria de saber por que ficaste tão confortável ao ouvi-la, sem ao menos questioná-la”.

A fofoca, mentira ou notícia falsa, como queira definir, sempre irá existir, mas, como dizem, elas só acabam quanto chegam aos ouvidos de pessoas honestas e inteligentes.

Se por acaso te disserem que alguém falou ou agiu de modo maldoso em relação a você, e se esse alguém for um amigo seu, com certeza terás liberdade para questioná-lo sobre a veracidade dos fatos comentados. Pode até ser que venhas a não gostar da resposta, mas com certeza saberás a verdade e não a suposta versão disseminada por falsos amigos, invejosos ou até mesmo por pessoas que realmente não gostam de você, seja qual for o motivo. 

A inveja, uma das principais causas dessas maldades, não mata, mas deixa muito cotovelo esfolado, e, ao invés de procurar a cura para a ferida, o maldoso quer transferir a culpa da dor ao invejado.

Caberá, portanto, a você decidir se quer escutar a verdade ou continuar ouvindo os maldosos, mentirosos e fofoqueiros de plantão.

Pedro Teixeira

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