Segundo a ministra, os dados do mercado de trabalho demostram que no Brasil a igualdade ainda não aconteceu entre homens e mulheres. “Somos parte de uma sociedade em que predomina ainda o olhar do homem. Leis são feitas majoritariamente pelos homens sem levar em consideração a realidade das mulheres, que é diferente e que se soma à dos homens”, destacou.
Para ela, essa realidade é resultante de um enorme preconceito contra as mulheres, que pode ser constatado no mercado de trabalho. A ministra lembrou que embora estatisticamente as mulheres no Brasil sejam maioria em termos de formação intelectual, isso não se reflete no mercado de trabalho. “É a demonstração de que a igualdade entre homens e mulheres ainda não aconteceu”, afirmou.
Aprendizado
Destacando que vivemos em um tempo de mudanças rápidas, a ministra Cármen Lúcia frisou a importância do aprendizado contínuo. “Todo conhecimento que adquirimos quando vamos dormir não é suficiente quando acordamos no dia seguinte. O primeiro mandamento parece ser: aprender a aprender. Todos os dias temos que aprender, e o aprendizado hoje não é apenas de uma matéria, aquilo que aprendemos para a nossa profissão, mas de diversas áreas, se abrindo cada vez mais ao mundo”, lembrou.
A presidente do STF destacou ainda a necessidade de aplicar o conhecimento na prática. “Precisamos aprender a fazer. Não adianta só aprender e trancar aquilo como uma ideia na cabeça. A gente aprende para fazer do aprendizado uma nova forma de pensar. O pensamento se transforma na ideia, a ideia pode se transformar num desejo e o desejo se transforma na ação”, apontou.
Para a ministra Cármen Lúcia, quando a pessoa aprende a aprender, e faz uso do que aprendeu, ela reaprende a ser. “A gente se reinventa com o conhecimento que nos é trazido com essa nova forma de fazer”, concluiu.
RP/JR
Fonte: STF
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